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quarta-feira, 30 de março de 2011

Avaliação Diagnóstica, Formativa e Somativa

Roseli Brito


O ano letivo começou, e então você já deve estar pensando, “ começa tudo de novo, e terei os mesmos problemas que tive no ano anterior”. Bem, se essa é a sua atual visão das coisas, quero lembrar que a definição de loucura é “fazer tudo do mesmo jeito e esperar que o resultado saia diferente”. Assim sendo, se você fizer exatamente o que fez no ano passado, certamente colherá os mesmos resultados ao longo deste novo ano.

Ocorreram problemas de indisciplina ? Baixo aprendizado ? Se a resposta foi SIM para uma das perguntas ou para ambas então você precisa repensar a sua prática atual ! E a melhor maneira de fazer isso é perguntar-se: “ como os meus alunos estão chegando ? quem são eles? O que eles já sabem? O que precisam aprender ? como eles poderão aprender melhor ? “.

Lembre-se que o Planejamento não é sobre você ou suas necessidades. Quem dita o quê e o como, são os alunos. São as necessidades DELES que precisam ser atendidas. Para isso é preciso investigar e encontrar as respostas para as perguntas que foram feitas anteriormente.

A ferramenta que você usará para responder à essas perguntas é realizando a Avaliação Diagnóstica. Não importa a matéria que você leciona, ou o grau de ensino. Quer seja no Infantil, Fundamental, Médio, Técnico ou EJA, a Avaliação Diagnóstica presta-se ao mesmo objetivo: diagnosticar, verificar e levantar os pontos fracos e fortes do aluno em determinada área de conhecimento.

É importante frisar que, infelizmente, muitos Professores utilizam apenas prova escrita para a realização desta avaliação. Quando na verdade existem mil e uma maneiras de realizar este levantamento de forma que os resultados sejam mais verdadeiros que aqueles levantados em uma mera prova escrita.

Esta avaliação não se restringe apenas ao início do ano letivo, porém deve ser usada ao longo do processo de aprendizado, para isso lance mão de dinâmicas, jogos, debates, desafios, apresentações, vídeos, produções musicais, construção de maquetes, resolução de problemas, brincadeiras, criação de blogs, fórum, etc.

Quando utilizada no início do ano letivo a avaliação diagnóstica fornece dados para que o planejamento seja ajustado e contemple intervenções para retomada de conteúdos, ou realização de encaminhamentos para reforço escolar, e até mesmo para Especialistas (Psicólogo, Fonoaudiólogo, Psicopedagogo), e quando feita ao longo do ano possibilita que tanto o aluno quanto o Professor possam refletir sobre a utilização de novas estratégias de aprendizado.

Jamais os dados da avaliação devem ser usados para classificar ou rotular o aluno em “aluno bom” ou “ aluno ruim”. O Professor deve ter em mente que a avaliação oferece um momento de aprendizado para ambos, professor e aluno. Enquanto Professor é possível verificar quais estratégias estão ou não funcionando, além de ser possível constatar quais hipóteses os alunos estão levantando na internalização e construção de determinado conceito.

Já para o aluno, com o devido feedback do professor, torna possível a compreensão e mensuração do conhecimento adquirido e quais hipóteses são verdadeiras ou falsas, para que o aluno possa descartar as falsas hipóteses e fique focado naquelas que o levarão ao aprendizado do conceito estudado. O feedback do professor lança a luz, clareando os chamados “ pontos cegos” em que o aluno se encontra tornando possível, assim, o avanço para a etapa seguinte do processo.

Nesta etapa a avaliação inicialmente diagnóstica, evolui para uma avaliação formativa, onde o processo de descoberta que induz a novas elaborações de aprendizado, sempre mediadas pelo professor, é o que de fato importa e conta.

A Avaliação Formativa é o tipo de avaliação que deveria prevalecer dentro das Escolas, por ser mais justo e atender de fato às necessidades dos alunos. Infelizmente, o que vemos é o uso da avaliação somativa, cujo único objetivo é meramente alcançar determinada nota para “passar” de ano, os alunos são rotulados pelas notas que alcançam e não são auxiliados onde de fato precisam de ajuda.

Por isso, antes de chegar “ ditando” o que você irá ensinar, comece em “ perguntando” o que os alunos já sabem para levantar o que eles de fato “precisam” aprender.

Quer compartilhar ? Quer dar mais idéias sobre avaliação diagnóstica ? Então aguardo seus comentários no blog.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA:

HOPFMANN, Jussara. Avaliação Mediadora: uma prática em construção da pré-escola à Universidade. P. Alegre. Educação e Realidade. 1993.

LUCHESI, C. Verificação ou Avaliação: o que pratica a escola? A construção do projeto de ensino e avaliação, nº 8, São Paulo FDE. 1990

WERNECK, H. Se você finge que ensina, eu finjo que aprendo. Vozes.Petrópolis. 1994.







Volta às aulas – Integração dos Alunos

 Roseli Brito

O ano letivo já começou nas escolas particulares e está para iniciar nas escolas públicas. O fato é que o mês de Fevereiro é focado em dois grandes objetivos: Integração dos Alunos e Avaliação Diagnóstica. Neste artigo vamos nos ater ao primeiro objetivo: Integração dos Alunos.

As crianças e jovens, ficam muito apreensivos no retorno das aulas, pois há um sem número de situações que terão que enfrentar, é um misto de expectativas boas e ao mesmo tempo um medo do desconhecido, afinal são novos Professores, novos amigos, nova escola, como serão recebidos? Será que vão gostar ? Inquietações estas que o Professor deve estar atento na volta às aulas.

Por isso, nem pense em já ir entrando na sala de aula enchendo o quadro negro de tarefas, pedindo trabalhos, marcando provas, cobrando isso, cobrando aquilo, enfim, você já será vista como a “ chata da hora” .

Lembre-se, as crianças e jovens, precisam inicialmente de um certo espaço para se expressarem, interagirem, conhecerem o “ novo território”, conhecer você, os novos amigos, a nova escola. Afinal, eles ficaram praticamente quase dois meses de férias, fazendo um sem número de coisas e agora querem compartilhar, precisam disso. Então use esta necessidade de compartilhar ao seu favor, aproveitando para fazer com que todos possam se conhecer melhor e já criar laços de amizade.

Aqui vão algumas dicas simples, separadas por estágios:

- Educação Infantil:

Crianças pequenas choram no primeiro dia de aula, porém o período de adaptação pode durar até uma semana. A mãe fica apreensiva e quer entrar junto, ou muitas vezes acaba levando a criança embora e no dia seguinte a criança chora para não ir para a escola e a mãe cede não levando. Isso faz com que a criança demore muito mais a se ambientar. Para evitar que esse período se alongue além do necessário, é preciso que a Professora e os funcionários de Apoio estejam devidamente orientados a entreter as crianças com muitos jogos e brincadeiras coletivas, afinal nenhuma criança resiste a hora de brincar.

Caso a mãe entre na sala de aula no primeiro dia, deixe-a instruída a incentivar a criança a brincar com os coleguinhas, jamais deixá-la todo o tempo no colo pois isso a impede de interagir mais livremente com os novos amigos e com os brinquedos, e a levar a criança para a escola TODOS os dias.

- Educação Fundamental

Tanto no Fundamental I quanto no Fundamental II as crianças e jovens esperam que os amigos venham chamá-la para brincar ou conversar. Os mais “ descolados” tomam a iniciativa até porque já conhecem quase todo mundo, porém aqueles alunos que vieram de outras escolas sentem-se deslocados, apreensivos e inseguros de abordar esse monte de “estranhos”.

Ao Professor cabe a tarefa de criar várias atividades, sempre coletivas, em forma de gincanas, desafios, jogos, brincadeiras, para quebrar o gelo do grupo.

Outro modo muito eficaz é selecionar dois alunos, para serem os guias desses novos alunos dentro do ambiente escolar, ficando assim incumbidos de mostrar onde é a cantina, os banheiros, o laboratório, enfim todas as dependências da escola, além de ajudar a enturmá-lo no grupo. Assim, cada dois alunos antigos ficam incumbidos de um aluno novo durante um dia, depois faz-se o revezamento passando esse aluno novo, para outra dupla de alunos antigos, até que os alunos novos tenham ficado com todos os alunos antigos.

- Ensino Médio

Já no Ensino Médio os alunos nesta fase precisam passar a mensagem de “força moral ”, e “ independência” para o grupo então aqui será preciso que o Professor use de sensibilidade e sutileza para integrar os alunos novos, pois há uma grande resistência em não permitir “gente estranha” no grupo.

Para quebrar esse “ iceberg” levante em um bate papo, ou crie uma atividade em forma de brincadeira, onde cada um tenha que falar das coisas que mais gostam de fazer, assim você terá muitas informações rapidamente para criar um projeto coletivo onde todos tenham que participar e apresentar antes da aula terminar. Exemplo: criar uma música, fazer uma imitação, criar um traje engraçado, fazer uma performance em grupo.

Você também pode utilizar a estratégia citada acima de usar os alunos antigos como guias para ajudar a enturmar os alunos novos.

- EJA (Educação de Jovens e Adultos)

O público de EJA, tem suas peculiaridades, pois já é um público adulto, que trabalha, muitos já são casados, tem filhos, família para alimentar e contas para pagar, geralmente reservam o período noturno para estudar, pois trabalham durante o dia. Assim, a abordagem de interação precisa levar isso em conta. Por isso investigue em um bate papo, ou por meio de uma atividade de quebra gelo, para que esses alunos falem mais sobre sua história, seus sonhos, e suas dificuldades enfrentadas no dia a dia. Desse modo todos acabam se “vendo” nas estórias do outro e isso possibilita a criação de um elo de camaradagem, amizade e cumplicidade.

Outra estratégia é, o grupo criar um portfólio sobre os sonhos e projetos de vida que almejam alcançar, e juntos discutirem como isso pode ser atingido. Ao realizar esta atividade todos começam a se sentir participantes do sonho do colega e isso os une muito, pois acabam compartilhando ao longo do ano todas as vitórias conquistadas.

Todos esses cuidados e esse olhar sensível no momento de planejar as atividades de integração, mostra aos alunos o tipo de Professor que você é. E isso é também um exercício para que você também seja integrado ao grupo.

Como os alunos verão o Professor durante todo ano, e talvez durante toda a vida, vai depender muito do tipo de abordagem que você terá nessas primeiras semanas de aula.

Você tem outras estratégias ? Gostaria de compartilhar ? Então mãos a obra, comente neste blog.

Alunos com Dificuldades ou Problemas de Aprendizagem ?



Roseli Brito

Visualize agora a sua turma e responda rápido: você tem alunos com dificuldades ou com problemas de aprendizagem ? ! Se você ficou na dúvida, não se desespere, é compreensível , afinal com tantas nomenclaturas e definições controversas fica difícil encontrar o significado coerente para o termo.

Simplificando seria assim: um aluno com desordem neurológica ou psiquiátrica seguramente terá dificuldades para aprender qualquer coisa e consequentemente apresentará também problemas de aprendizagem em tudo o que for proposto. Já um aluno dito “normal” poderá ter problemas com a tabuada, pois não conseguiu elaborar corretamente o conceito da multiplicação, porém, se forem feitas as devidas intervenções pedagógicas esse mesmo aluno conseguirá superar este problema e seguirá adiante no que for ensinado.

Percebeu a diferença ? Um problema de aprendizagem é temporário, já uma dificuldade de aprendizado é duradoura.

Na Escola encontraremos alunos com Deficiência Intelectual (capacidade intelectual inferior à média) , que apresentam dificuldade de aprendizado e alunos com problemas de aprendizado nos mais variados conteúdos.

O fato é que em uma turma de 40 alunos, existem 40 indivíduos com ritmos, interesses e fisiologia distintos uns dos outros e portanto, jeitos diferentes de aprender. Esses “jeitos diferentes de aprender” são também conhecidos como Estilos de Aprendizagem que nada mais são que o modo como esse indivíduo se comporta enquanto está aprendendo .

Os estilos de Aprendizagem são:

- Cinestésico: quando se utiliza da expressão corporal e a manipulação de objetos

- Visual: quando é utilizado textos, livros, gráficos, fotos, diagramas, desenhos, provas escritas

- Auditivo: quando é utilizado fala, sons e músicas

Encare do seguinte modo, ao adotar um determinado estilo de aprendizagem estou escolhendo a melhor forma de processar o conhecimento novo que estou recebendo. Assim ao conhecer o estilo de uma pessoa você saberá qual será a forma mais fácil e a mais difícil dela processar qualquer conhecimento.

Na Escola somos cobrados dentro de um único estilo: o Visual, assim todos os alunos que se enquadram neste estilo, seguramente tirarão excelentes notas. Já os alunos “cinestésicos” e “auditivos” terão os tão conhecidos problemas de aprendizagem.

Já estou até vendo você perguntando: “Como então trabalhar na mesma sala com os dois grupos” ? Fazendo, conforme diz Perrenoud, a “diferenciação pedagógica”. Ou seja, elaborar atividades que contemple os três estilos de aprendizagem. Pegando o exemplo da tabuada, o Professor pode ensinar a multiplicação cantando, criando jogos com a manipulação de objetos, utilizando exercícios escritos, jogos de computador.

E os alunos com deficiência intelectual? Também serão beneficiados com a diferenciação pedagógica, já que não se sentirão discriminados pois estarão realizando atividades com diferentes graus de desafio.

Como levantar os estilos de aprendizagem dos meus alunos ? Observe no dia a dia na hora da execução das tarefas, quais são os momentos, ou em quais atividades determinados alunos mostram-se mais eficientes em realizar a tarefa dada.

Quando um conteúdo novo é apenas explicado quantos de fato conseguem compreender o que foi ensinado. Ao ajustar esse mesmo conteúdo e apresentar dentro de outro estilo de aprendizagem quantos alunos conseguem compreender ? Anote esses dados e faça o mapeamento da sua turma, você ficará surpresa com os resultados.

Elaborar aulas levando em conta os estilos de aprendizagem e criar atividades diferenciadas dá trabalho ? A minha resposta é: Muito mais trabalho dá, ter de lidar com problemas de aprendizagem, pois tanto o aluno quanto o professor ficam frustrados, extenuados e desmotivados, o que acaba gerando uma carga emocional negativa com todo o grupo.

Já com o uso da diferenciação pedagógica, respeitando os diferentes estilos de aprendizagem do grupo, as aulas transcorrem de modo mais vibrante, em constante movimento de trabalho e alegria. Afinal, desta forma, todos se vêem como capazes e inteligentes.

Lembre-se, ao trabalhar dentro de um único estilo o professor acaba favorecendo o aparecimento dos problemas de aprendizagem.

Para saber mais sobre diferenciação pedagógica:

Perrenoud, Ph. Pedagogia Diferenciada, Porto Alegre,1999, Artmed Editora.

Perrenoud, Ph. A Pedagogia na Escola das Diferenças, Porto Alegre, 2001 Artmed Editora



terça-feira, 29 de março de 2011

ATIVIDADES DE PORTUGUÊS/ CIÊNCIAS PARA O 3º ANO

















1º ANO SUBSÍDIOS PARA ALFABETIZAÇÃO

Na primeira semana é preciso trabalhar com a adaptação dos alunos, trabalho crachá, atividades com nome, etc.
Você alfabetiza?

Depende de como a criança chegou. Se não veio alfabetizado da ed. infantil alfabetizo
Resposta de Ivani Santoro

Sim se consegue alfabetizar o 1º ano. No trabalho Construtivista o principal é trabalhar atividades que sejam significativas. Diariamente:

1) trabalhar com os nomes dos alunos ( há vários tipos de atividades diferentes para não ficar monótono, mesmo que saibam seu nome precisar saber reconhecer o nome os colegas).

2) trabalhar a rotina do dia, escrevendo na lousa, a data, o dia da semana, e o que se vai trabalhar.

3) leitura compartilhada num momento especial, e não pra preencher espaço. Leitura feita pelo prof previamente, antecipando algumas partes, pedindo pra fazerem a leitura da imagem. Favorecendo inferências sobre o conteúdo a partir das pistas, título, ilustrações.

4) Cruzadinhas, listas com escritas espontâneas, caça-palavras.

5) uma vez por semana uma produção coletiva, pra irem se repertoriando da estrutura textual.

6) Em uma das minhas formações no ano passado, coloquei em prática uma dica que deu muito certo. Quando se tem como objetivo que eles se apropriem de um determinado gênero ao invés de iniciar lendo e mostrando a estrutura, reservar uma quantidade boa desse gênero. Distribuir entre eles e deixar que analisem o que estão vendo. Por ex. poesias, ir levantando com eles, vai até o fim da linha? Ajude-os a perceberem as estrofes, as rimas. Dessa forma o professor não deu essas informações mas eles foram desafiados a perceberem do gênero. Esse trabalho pode durar umas duas semanas.

7) se há alunos que não sabem as letras do alfabeto, deve-se trabalhá-lhas diariamente. Bingos, inicial e final de nomes. Brincadeiras ( jogos) que favoreçam essa aquisição, que no caso da alfabetização é imprescindível.

8) Trabalho as outras disciplinas, ciências, história e geografia com o olhar de alfabetização.



http://professoressolidarios.blogspot.com/search/label/1%C2%BA%20ano

Sondagem da escrita dos alunos



É fundamental que no início das aulas seja realizada uma avaliação diagnóstica ou sondagem, para partirmos do que nossos alunos já sabem, tornando assim, nosso ensino muito mais significativo e coerente.

Para 1º e 2º anos, logo nas primeiras semanas de aula, os professores já podem realizar a sondagem.
Organizar uma lista de palavras com o mesmo tema. A lista deve ser iniciada com as palavras polissílabas, depois as trissílabas, dissílabas e monossílabas, por último uma frase referente a lista utilizada.

A sondagem deve ser realizada individualmente.
Como realizar a sondagem?

Numa folha de sulfite, pedir ao aluno que escreva o seu nome. Abaixo do nome a professora dita a palavra inteira, não em sílabas. O aluno escreve e o professor solicita a leitura da palavra. O aluno lê apontando com o dedo o que escreveu.

Ao término da sondagem, o professor registra no ditado, a forma como o aluno leu (global e/ou silabicamente), a fase de escrita em que se encontra e outras informações importantes. A cada bimestre deve ser realizada uma nova sondagem para verificar os avanços dos alunos.
Exemplos de sondagem:
Lista de animaisDINOSSAURO

CAMELO

RATO



Frase: O RATO SAIU DA TOCA.
Lista de material escolar

LAPISEIRA

CADERNO

LÁPIS

GIZ

Frase: O LÁPIS CAIU NO CHÃO.
http://diariodaprofaglauce.blogspot.com/2011/03/sondagem-da-escrita-dos-alunos.html



Atividades com Listas

Na alfabetização, é muito importante o trabalho com listas.

Atividades de leitura e de escrita de listas de palavras do mesmo campo semântico utilizando ou não o alfabeto móvel propicia ao aluno a análise e a reflexão do sistema de escrita.

Ao realizar tais atividades, os alunos coordenam e utilizam, nas tarefas de ler ou de escrever, informações que aprenderam em outras ocasiões. Ao mesmo tempo, ao escrever de acordo com suas hipóteses, têm a possibilidade de se voltar para a análise da palavra e refletir sobre o uso das letras.

Fazendo isso, em vez de apenas copiar palavras escritas corretamente, os alunos terão condições de usar o que sabem, refletir e ampliar seus conhecimentos. É importante frisar que as listas são textos com propósitos específicos: têm por função organizar dados ou então servem de apoio à memória; assim, procure sempre apresentar aos alunos listas que tenham também um propósito.

Além disso, os elementos de uma lista costumam estar organizados de acordo com um critério, e esse critério precisa ser conhecido e compreendido pelos alunos.

Sugestões de listas que podem ser usada em atividades de leitura e de escrita:

Para a escrita:

• Ingredientes de uma receita.

• Materiais necessários para fazer uma pipa ou outro brinquedo.

• Animais que serão estudados em um projeto.

• Personagens prediletas dos gibis.

• Títulos das histórias já lidas em classe.

• Listas de frutas. Etc...

Para a leitura:

• Marcar, em uma lista, a história que foi lida no dia anterior.

• Marcar, em uma lista, a história que deseja ouvir novamente.

• Marcar, em uma lista, a história que o professor ditou.

• Localizar em uma lista de frutas quais serão utilizadas na salada

de frutas.

• Encontrar em uma lista a brincadeira que já sabe e que pode

ensinar aos colegas.

Intervenção: (O professor é o mediador da aprendizagem)

Ao aplicar as atividades, se perceber que estão tendo dificuldades para refletir sobre as letras, ofereça as informações necessárias e dê dicas para ajudá-los a continuar o trabalho, com perguntas do tipo: Com que letra vocês acham que começa? Como faremos paralocalizar esta palavra? Como podemos saber se aí está escrito...?

Pedagoga Neusa Drulis

Moderadora

http://professoressolidarios.blogspot.com/2011/03/atividades-com-listas.html



O PRAZER DA LEITURA SE ENSINA

"É preciso desmanchar essa ideia do livro como objeto sagrado; é sagrado sim, mas para estar nas mãos das pessoas, ser manipulado pelas crianças."



Magda Soares

Quanto mais cedo histórias orais e escritas entrarem na vida da criança, maiores as chances de ela gostar de ler. Primeiro elas escutam histórias lidas pelos adultos, depois conhecem o livro como um objeto tátil “que ela toca, vê, e tenta compreender as imagens que enxerga”, diz Edmir Perrotti, professor de Biblioteconomia da Universidade de São Paulo (USP) e consultor do MEC. “As crianças colocadas em condições favoráveis de leitura adoram ler. Leitura é um desafio para os menores, vencer o código escrito é uma tarefa gigantesca.” A criança lê do seu jeito muito antes da alfabetização, folheando e olhando figuras, ainda que não decodifique palavras e frases escritas. Ela aprende observando o gesto de leitura dos outros – professores, pais ou outras crianças. O processo de aprendizado começa com a percepção da existência de coisas que servem para ser lidas e de sinais gráficos. Para Magda Soares, do Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (Ceale/UFMG), esse aprendizado chama-se letramento: “É o convívio da criança desde muito pequena com a literatura, o livro, a revista, com as práticas de leitura e de escrita”. Não basta ter acesso aos materiais, as crianças devem ser envolvidas em práticas para aprender a usá-los, roda de leitura, contação de histórias, leitura de livros, sistema de malas de leitura, de casinhas, de cantinhos, mostras literárias, brincadeiras com livros. Edmir afirma que “a criança pode não saber ainda ler e escrever, mas ela já produz texto: ela pensa, fala, se expressa”. Segundo Magda, um programa de formação de leitores deve se preocupar também com o desenvolvimento do professor como leitor, “porque se a pessoa não utilizar e não tiver prazer no convívio com o material escrito, é muito difícil passar isso para as crianças”.



A descoberta coletiva da leitura e da escrita



Algumas crianças não têm ambiente favorável à leitura em casa, mas há outras que ouvem histórias lidas pela família. “Se for criado um ambiente de leitura nas escolas, as crianças levarão a prática para suas casas. E vice-versa, haverá crianças que trarão leitura para a escola”, argumenta Jeanete Beauchamp, diretora de Políticas de Educação Infantil e Ensino Fundamental da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação (SEB/MEC). Participar de grupos que usam leitura e escrita é, de acordo com Ester Calland de Souza Rosa, professora do Centro de Educação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o caminho do aprendizado. Na escola, a criança deve ser rodeada de livros e materiais em espaços de leitura, seja biblioteca, sala ou um cantinho dentro da sala de aula. Para Magda, “o papel da professora é intermediar o contato do aluno com a escrita e a leitura, colocar o livro disponível e orientá-la no seu uso, no convívio com o material escrito”. As atividades são várias: contar e ler histórias, folhear, mostrar o material, buscar informação, usar material escrito de diferentes gêneros, como acontece no Sementinha do Skylab, em Pernambuco . “Mesmo que a professora saiba a resposta, é a primeira oportunidade para dizer ‘vamos buscar na enciclopédia, que traz informação’”, diz a pesquisadora mineira. O medo de a criança rabiscar e rasgar os livros faz os professores criarem dificuldades de acesso ao material. Essas restrições acabam mostrando o contrário do que deveria ser: que a leitura é difícil, chata, porque não pode tocar no livro. “Vai estragar sim porque ela ainda não tem os hábitos e a habilidade motora para lidar com o livro”, esclarece Magda. Mas é também a oportunidade de a professora ensinar a criança a respeitar o livro e como manipulá-lo sem rasgar, “senti-lo como alguma coisa familiar”. Assim a criança entra no mundo da literatura, da escrita, do livro. Quando a criança está na fase de experimentação inicial, os de durabilidade maior – feitos de pano, de plástico, emborrachado, de papelão duro – são mais adequados. A experiência do Centro de Educação Infantil Hilca Piazero Schnaider, em Blumenau (SC) é exemplar (veja box abaixo). Mesmo livros de papel são úteis para os pequeninos porque a professora pode folheá-los, ler a história, mostrar o livro, ensinando zelo pelo objeto. “Todo suporte de texto é fundamental para a criança de Educação Infantil”, diz Rosana Becker, pró-reitora de Graduação da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), associada à Rede Nacional de Formação Continuada do MEC. O trabalho com o livro de literatura infantil exige preparo, ensinando para as crianças o que é um material para ser lido e não para ser rabiscado. “A criança precisa experimentar a escrita também, mas vai ser no papel sulfite ou craft, no caderno de desenho, na lousa, no chão”, diz Rosana, “e não no livro”.





Textos bons e diversos

Para as crianças cujas famílias têm baixa escolaridade ou são analfabetas, a escrita pode parecer inútil porque elas não conhecem o “gesto de leitura” em casa. Na escola, a criança deve crescer num ambiente em que veja que a leitura e a escrita estão presentes em muitas situações, “tanto nas lúdicas – leitura de livros de história, poesia, brincadeira com trava-línguas e parlendas – até os usos mais sociais – jornal, listas, escolher livros apenas para ensinar algo como higiene, cuidado ou valor moral. Ester sugere o uso de textos rimados porque os mais novos podem memorizar o texto. “Aí ela faz de conta que está lendo, mostra com o dedo num cartaz ou livro sabendo que o texto está escrito ali”. A criança vai progressivamente identificando os sinais gráficos, uma letra, uma palavra, sons que se repetem, e começa a perceber as regularidades da língua. “Assim você faz essa passagem da oralidade para a escrita”, sintetiza a professora da UFPE. Mesmo que narrativas e poemas sejam prioridade nas atividades de leitura, Magda chama a atenção dos professores para não se trabalhar exclusivamente com o que diverte e agrada. Os alunos precisam ter contato com textos impressos não literários que têm diferentes funções e objetivos. Revistas infantis, em quadrinhos, propaganda, embalagens, receitas, bulas de remédio, certidão de nascimento também devem ser objetos de experimentação. “Revistas e jornais, a princípio para adultos, têm muita ilustração, muito texto, a criança gosta de manipular e até de recriar”, diz ela, “recortando figuras, letras, palavras”.



Familiarizada com a diversidade As crianças querem ouvir histórias desde pequenas, mas essas histórias, segundo Magda, “têm de ser adequadas, com tamanho adequado, contadas ou lidas da maneira adequada à idade” para elas gostarem da atividade. “A criança precisa muito de fantasia e de imaginação”. Livros de literatura infantil, contos de fadas, fábulas e contos do folclore favorecem a fruição estética. Becker alerta: nessa fase de audição de narrativa, a professora não pode escolher livros apenas para ensinar algo como higiene, cuidado ou valor moral. Ester sugere o uso de textos rimados porque os mais novos podem memorizar o texto. “Aí ela faz de conta que está lendo, mostra com o dedo num cartaz ou livro sabendo que o texto está escrito ali”. A criança vai progressivamente identificando os sinais gráficos, uma letra, uma palavra, sons que se repetem, e começa a perceber as regularidades da língua. “Assim você faz essa passagem da oralidade para a escrita”, sintetiza a professora da UFPE. Mesmo que narrativas e poemas sejam prioridade nas atividades de leitura, Magda chama a atenção dos professores para não se trabalhar exclusivamente com o que diverte e agrada. Os alunos precisam ter contato com textos impressos não literários que têm diferentes funções e objetivos. Revistas infantis, em quadrinhos, propaganda, embalagens, receitas, bulas de remédio, certidão de nascimento também devem ser objetos de experimentação. “Revistas e jornais, a princípio para adultos, têm muita ilustração, muito texto, a criança gosta de manipular e até de recriar”, diz ela, “recortando figuras, letras, palavras”. Familiarizada com a diversidade de textos que existem – suportes diferentes (cartaz, livro, jornal, revista, etc.), variedade de formato e tamanho de letras, composição gráfica, disposição da imagem em relação ao texto –, a criança deduz o funcionamento da escrita. “Mesmo antes de ler e escrever de forma autônoma, ela descobre coisas sobre o código justamente em contato com esses tipos diversos de materiais”, diz a pesquisadora de Pernambuco, “e não só aqueles que foram produzidos especificamente para a escola, como abecedários e jogos com letras”.

Acolher o interesse dos pequenos

“O espaço de leitura tem de ser extremamente acolhedor, preparado na medida da criança; ela não pode encontrar obstáculos nem sentir medo de chegar ali”, afirma Edmir. As regras de uma biblioteca para adultos – silêncio e imobilidade – não valem para crianças, principalmente as mais novas. O espaço deve ser convidativo e confortável, permitir que elas circulem e falem. “E tem de ser um lugar de muita interação, onde adulto apóia e compartilha, ajudando a encontrar o caminho da leitura”, detalha o especialista .



*fonte: Revista Criança do Professor de Educação Infantil, MEC

http://alfabetizacaoecia.blogspot.com/2011/03/o-prazer-da-leitura-se-ensina.html

Segue abaixo um resumo da descrição do caderno de leitura:
O caderno de leitura surgiu da observação de que muitas crianças aprendiam a ler a partir da “leitura” de textos que já sabiam de cor (músicas, poemas, listas de nomes de familiares e amigos e outros textos de conteúdo conhecido).
A observação dessa prática motivou a proposta de organizar um caderno de leitura contendo diferentes tipos de textos conhecidos das crianças, como apoio à alfabetização.
O caderno de leitura pode ser organizado com as turmas de três anos em diante:

Com as crianças de 3 a 5 anos, o caderno será uma oportunidade para que elas se reconheçam capazes de ler. A seleção dos textos deve sempre ter como critérios principais: as características, conhecimentos e preferências da turma e a qualidade do material (tanto do ponto de vista do conteúdo como da apresentação gráfica).
A partir dos 6 anos, além dessas vantagens, o caderno serve também como fonte de consulta para a escrita das crianças, em situações espontâneas ou orientadas pelo professor.
Os objetivos do caderno são:
• Incentivar a prática da leitura e o desejo de ler

• Possibilitar o contato direto das crianças com textos reais

• Ampliar a diversidade de gêneros textuais conhecidos pelas crianças

• Garantir um repertório de textos de boa qualidade que se constitua num material de consulta para a escrita de outros textos

• Incentivar as crianças a lerem mesmo quando ainda não sabem ler convencionalmente

• Apresentar situações reais em que as crianças tenham que utilizar estratégias de leitura e ajustar o que sabem de cor ao que está escrito

• Desencadear atividades de leitura que exigem reflexão sobre a escrita convencional

• Favorecer algumas aprendizagens importantes: sobre o fato de todo escrito poder ser lido, sobre a linguagem que se usa para escrever, sobre a disposição gráfica dos diferentes gêneros textuais, sobre o valor sonoro convencional das letras...

• Ajudar as crianças a avançarem nos seus conhecimentos sobre a escrita.
Que caderno utilizar?
As dicas abaixo são da Ivanise
Os cadernos de brochura são melhores que os de capa dura, porque estes soltam a capa com mais facilidade.
Para que a capa do caderno de brocura dure mais, junte mais uma folha à capa (a 1ª folha e a última), pois reforça a capa. Na última folha passe fita durex (bem grossa ou uma tira de contact) ligando a capa ao caderno (por dentro). Isso dará um reforço à capa.
Depois, coloque dentro de um saco plástico e explique ao aluno que o caderno só poderá ir para a mochila dentro do saco, pois o que estraga o material deles é o caderno solto na mochila.
É importante orientar as mâes a esse respeito, peça para elas ensinarem seus filhos e você reforçará em sala de aula. É uma pena que nem todas ligam, até o dia que molha, suja de cola, solta a capa...
Muitos professores seguem essa sequência:
1ª página - Identificação, série, professora, nº da sala, horário, nome do aluno

2ª página - Uma mensagem para os alunos

3ª página - O que vamos aprender com o caderno

4ª página - Objetivos

5ª página - Duas folhas para elaborar os índices

6ª página - lista dos alunos (meninos e meninas)

7ª página - alfabeto (4 formas)
Fonte: Material organizado por Debora Vaz, Rosa M. Antunes de Barros e Rosângela Veliago, com a colaboração de Rosaura Soligo.

MENSAGEM PARA OS ESTUDANTES

Querido aluno, querida aluna

Este caderno foi feito especialmente para você. São textos variados: canções para você cantar, adivinhas para você descobrir a resposta, decorar e depois perguntar aos seus amigos, poemas para você recitar, parlendas para você brincar, quadrinhas para você se divertir, histórias para você se emocionar, receitas para você cozinhar... e muitos outros, que não só vão ajudar você a aprender a ler, mas também vão deixar você cada vez mais sabido(a)
Alguns destes textos você poderá ler sozinho(a) mesmo que ainda esteja aprendendo a ler; outros você irá ler com a ajuda de sua professora ; outros, ainda, serão lidos por sua professora, mas você poderá acompanhar a leitura.
O caderno é seu e você deverá cuidar bem para que possa usa-lo todo este ano. Você pode levá-lo para casa para ler com seus familiares, para mostrar para outros amigos ou, simplesmente, para se divertir, cantar, se emocionar, brincar, cozinhar, aprender...
Divirta-se e aproveite!
( texto de apresentação do livro de “textos do aluno” projeto LER E ESCREVER)
http://professoressolidarios.blogspot.com/2011/03/mensagem-de-abertura-para-o-caderno-de.html

Textos para o caderno de leitura


A CORUJA
FUI À FEIRA COMPRAR UVA

ENCONTREI UMA CORUJA

PISEI NO RABO DELA

ME CHAMOU DE CARA SUJA


QUADRINHA
A CASINHA DA VOVÓ

ESTÁ AMARRADA NO CIPÓ

SE O CAFÉ ESTÁ DEMORANDO

COM CERTEZA FALTA PÓ.


LOBO MAU
EU SOU O LOBO MAU

LOBO MAU, LOBO MAU

EU PEGO AS CRIANCINHAS

PRA FAZER MINGA


HOJE ESTOU CONTENTE

VAI HAVER FESTANÇA

TENHO UM BOM PETISCO

PARA ENCHER A MINHA PANÇA.


PARLENDA
REI, CAPITÃO.

SOLDADO, LADRÃO.

MOÇA BONITA.

DO MEU CORAÇÃO



CHATICE

JOSÉ PAULO PAES

JACARÉ

LARGA DO MEU PÉ,

DEIXA DE SER CHATO!



SE VOCÊ TEM FOME,

ENTÃO VÊ SE COME

SÓ O MEU SAPATO,



E LARGA DO MEU PÉ,

E VOLTA PRO SEU MATO,

JACARÉ!



ATIVIDADES DE PÁSCOA